Laroyê Exu!
Não posto textos, vídeos ou fotos com intuito de demonstrar
fé, pois a fé e o sagrado os vivencio no meu íntimo seja contemplando a
natureza, dançando e louvando meus ancestrais ou em oração. Compartilho
materiais sobre o candomblé para desmistificar essa visão que se tem das
religiões de matrizes africanas; para mostrar o quão bela é; para lavar toda
essa mentira que o cristianismo construiu e constrói ao demonizar as religiões
não-cristãs; para lutar pelo respeito e pelo direito de cultuar o sagrado da
forma que o sinto, vejo e vivencio. Por isso, hoje, resolvi falar do orixá mais
polêmico... Exu, o guardião, o primeiro, o mensageiro
Exu não é o diabo, nem
demônio, nem coisas do tipo. O caminho do bem e do mal é uma escolha de cada
ser humano. E numa sociedade tão opressora, o poder de escolha amedronta a
muitos.
A demonização de Exu e
das religiões afro-brasileiras / de matrizes africanas demonstra o racismo, a
intolerância religiosa, a xenofobia e a avareza do homem em explorar os demais.
Exu é o movimento,
aquele que traz o caos para que exista transformação, dono das encruzilhadas
(dos mundos que se cruzam), senhor da comunicação e o mensageiro entre a
humanidade e as divindades. Exu é o nosso livre-arbítrio. O orixá mais próximo do
ser humano, que brinca com os seres humanos por diversão e para ensiná-lo que
nada no mundo é estável... a Terra deve girar, o mundo deve mudar...
Seu dia é segunda-feira. Seu símbolo é ofó (falo masculino)
Que Exu seja nosso
amigo e guardião, que abra os nossos caminhos e nos ensine a rir e aprender nas
encruzilhadas das vidas.
Laroyê Exu!!!!
´Para quem for de Sampa, não perca:
"Exu - a
boca do universo" é um espetáculo de celebração à vida. O espetáculo narra
sem compromisso cronológico momentos em que Exu se mostra diferente daquilo que
tanto se pregou na cultura ocidental sobre o orixá que rege a comunicação e a
liberdade no candomblé. Optando por uma dramaturgia músico-poética, pela
encenação em um espaço aberto e por atores que se personificam sobre as
diversas concepções do orixá Exu, o humano e o divino se entrelaçam na
celebração à condição de estar vivo. Exu em suas várias facetas se mostra no
espetáculo como alguém que valoriza o movimento da vida, do falar ao agir, do
pensar ao sentir.
Datas
04/09/14
(qui) | 20h
05/09/14
(sex) | 20h
Local: Teatro do
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Rua
Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo
(11)
3113-3651 / (11) 3113-3649
Entrada
Franca- retirar ingressos com 1 hora de antecedência
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