Obá - retomando o blog e comemorando o quarto aniversário

Depois de um longo sem período sem escrever, nada mais digno que escolher o aniversário de quatro anos do blog e uma das datas considerada como dia de Obá (25/11) para escrever sobre esta yabá guerreira, matriarca de Elekô.




Obá é uma yabá velha, feiticeira poderosa e líder das mulheres guerreiras.  Solucionadora das causas impossíveis, implacável, justa e combativa.  É prática, leal, correta. Dizem que Xangô desdenha Obá, porque ela é idosa e sem atrativos físicos, mas na verdade, morre de medo dela e do poder que ela emana.

Considerada a padroeira dos advogados que patrocinam ou defendem causas justas. É também a protetora das viúvas, dos anciãos e dos órfãos pobres e desamparados. Obá ajuda as pessoas a recuperarem objetos perdidos.

Obá gosta de acarajé, abará, objetos de cobre, dendê, obis, orobós, mel e ojás vermelhos. Tudo simples e sem exageros. Aprecia a cor vermelha, ligada às emoções fortes.

Carybé
Obá é a grande chefe da Sociedade Elekô. Elekô é uma sociedade formada guerreiras feiticeiras ambidestras que não têm os polegares. Elas se reúnem à noite em cavernas secretas, nas profundezas das florestas. O homem que se aproxima de Eleko paga com a própria vida.

As ferramentas de Obá são: espada, ofá, escudo e couraça. Seu local preferido é a pororoca, o barulhento encontro das águas.

Por fim, deixo um animação sobre narrativas sagradas sobre Obá.





Referência Bibliográfica: 
MARTINS, C. Obá: a amazona belicosa. Rio de Janeiro: Pallas, 2011

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